Essa foi a primeira passagem de Kim pelo Brasil, sendo um dos pontos altos do Popload Festival com shows inéditos ao público
Com mais de 40 anos de trajetória musical em bandas, como produtora e artista, Kim Gordon soma agora dois álbuns solo. Seu show atual é focado no segundo, “The Collective”, lançado em 2024.
Trajada com uma camiseta de manga-longa que exibia “Gulf Of Mexico” na frente e uma clara mensagem atrás — traduzida para “amor e proteção, paz de espírito, diga SIM para compaixão, diga NÃO para retórica racista, Viva o México” — ela cantou nove das onze faixas que compõe o último álbum e outras quatro completaram o repertório; nenhuma delas da banda “Sonic Youth”, qual último show antes da separação também foi em São Paulo, mas isso não significa que o público tenha sentido falta.
Pelo contrário, serviu como prova que a posição de Lenda da música é uma expertise, e que não precisa recorrer à qualquer “glória do passado”.
Acompanhada de sua banda de apoio, o som era de guitarras pesadas e baterias, tanto reais quanto eletrônicas, samples, sintetizadores e mudanças de tempo. Graves potentes que tremiam ao público, claro, fazendo jus à fama da baixista que influenciou gerações de musicistas. O ritmo de Hip-Hop se misturava as distorções do Rock e Industrial num espetáculo onde a música se dilata e contrai como estrela da noite.