Novo álbum do rapper, que marca uma fase de reinvenção, chega nesta quinta-feira (15)
O rapper Spark lança nesta quinta-feira (15), à meia-noite (horário de Brasília), o seu aguardado álbum de estreia, “Notas”. Disponível em todas as plataformas de música, o projeto marca um novo capítulo na carreira do artista, que explorou diferentes vertentes musicais para traduzir suas experiências, vivências e aprendizados
O projeto mescla referências do R&B, trap e outras influências, revelando uma jornada de autoconhecimento e evolução artística. “A mensagem que quero passar é o que é o Spark. A visão de musicalidade, de conceito, de letra, de melodia. É um álbum para o qual me dediquei intensamente, pesquisando, aprendendo e me desafiando. Foi nesse processo que aprendi a tocar piano, e por isso ele se chama ‘Notas’”, explica o artista.
ENTRE AMOR E DESEJO
A intensidade das relações amorosas é um dos pontos centrais do álbum, sendo traduzida em faixas como “Confusa”, que explora a dualidade entre desejo e mistério em um jogo de sedução, invocando a energia de casais históricos do cinema, como Bonnie e Clyde. Em “Box”, Spark canta sobre a persistência das memórias de um amor que insiste em permanecer, com versos carregados de nostalgia. Já “Menciona” aborda a tensão entre atração e desapego, retratando um relacionamento marcado por química intensa e sentimentos voláteis
PODER, PRAZER E LAÇOS INTENSOS
O fascínio pelo luxo e a celebração de uma vida marcada por excessos e prazeres ganham destaque em faixas como “Joias”, que conta com a participação de Jaya. A música explora a admiração por uma mulher poderosa e sofisticada, enquanto “Preta Rara”, em parceria com Luccas Carlos, é um hino à confiança e atitude feminina, ambientado em festas exclusivas e cenários luxuosos. Já “Trajes”, com participação de BIN, evoca o desejo e a conexão física em um romance embalado por beats.
No campo das emoções após o término, Spark entrega canções que traduzem a complexidade de seguir em frente. “Culpa” aborda a mistura de ressentimento e libertação após o fim de um relacionamento marcado por desconfianças e recaídas. Em “Novela”, o artista constrói uma narrativa cinematográfica de um encontro que ganha ares de romance épico, misturando whisky, velas e noites inesquecíveis.
Embora tenha uma carreira consolidada no futebol, atualmente jogando pelo Fenerbahçe, Spark nunca encarou a música como um simples hobby. Para ele, o rap vai além de uma paixão. Com ‘Notas’, Spark apresenta um projeto que transita entre temas como desejo, poder, luxúria e reconexão. O álbum reúne histórias que exploram conexões, encontros e recomeços.
Confira a entrevista que Hiago, aqui do Vou de Grade, realizou com o rapper Spark:
Neurose está sendo considerado um marco na sua trajetória. Qual foi o momento mais marcante durante a criação dessa música e do clipe futurista?
Eu acho que Neurose é uma música que tem um impacto muito forte, né? Acho que é uma música que traz uma mensagem muito forte. E a estética do clipe também, como foi gravado fora do Brasil, tudo isso. A colaboração com Anezzi também. É um artista que soma muito para cena e somou muito pro Spark. Eu acho que a música traz uma batida diferente, que é uma música mais agressiva, né? Em termos de musicalidade, é uma música bem agressiva do álbum. Mas acho que Neurose é uma música que traz uma mensagem muito positiva, uma mensagem muito romântica, uma mensagem de superação, de respeito, de amor. Enfim, que a mulher pode, que todo mundo pode conseguir o que quer. Enfim, é só correr atrás, é buscar o melhor. Acho que essa letra traz uma mensagem muito assim também.
E a fusão entre o hip hop old school e o trap contemporâneo parece ser uma assinatura sua. Como você enxerga a importância dessa mistura para manter o rap relevante e conectado às novas gerações?
Eu acho que são elementos e são gêneros que eu curto muito e acabei complementando vários elementos de batidas e de timbres pra minha música. Então acho que a galera pode esperar cada vez mais envolvimentos e fusão de elementos do gênero dentro da minha música. Eu quero sempre estar misturando coisas, elementos, boom bap, várias coisas pra poder estar enriquecendo a minha música realmente.
E pra quem ainda não conhece o Spark, como você descreveria o seu som e o que o torna único na cena do rap nacional?
Acho que o meu som é um som autêntico. Eu escuto muita música. Acho que tem muitos artistas que fazem muita coisa boas. Melódicas, produzir instrumentos, enfim. Mas eu acho que o meu som é muito autêntico daquilo que aprendi e daquilo que eu estudo, do que eu vejo, do que eu tenho como referência. Eu trago um pouquinho de cada coisa para o meu jeito, para o que eu sinto, o que é melhor para mim. Então acho que o meu som tem uma particularidade, uma musicalidade muito minha. E muito dos artistas que eu gosto. Eu não consigo enxergar o meu som parecido com o de ninguém. Pelo aquilo que eu me propus a fazer, que eu busco a fazer na produção, enfim. Eu acho que tem realmente uma preocupação, tem realmente em vários aspectos melódicos, enfim, de timbres. Então acho que tem algumas coisas bem autênticas.
E para finalizar, como o se chama Vou de Grade, e aí falamos muito sobre shows e festivais, tem algum local ou festival que você sonha em se apresentar? Se sim, qual seria e por quê?
Acho que o Lollapalooza é um festival bem legal, que eu super toparia, super curto muito. Festival de Verão também. São movimentos que o trap e que o rap já chegou, enfim. Acho que são lugares que eu realmente almejo tocar.